sexta-feira, 17 de junho de 2016


 O farol acaba
Assim como acaba começa, quando acaba o vermelho inicia para os pedestres, quando começa o verde acaba para os pedestres, assim, no tempo em que os pedestres ficam esperando para que abra o sinal e eles tomem o seu próprio rumo, eles podem escolher entre, mexer no celular, se distrair esperando o sinal abrir, e até comer.
Mas o sinal parece um ciclo, cada um tem o seu tempo de duração de acordo com o transito, e a movimentação de carros na rua ou avenida.
Quando você passa pelo sinal, não imagina que aquilo influencia na sua vida, afinal aquilo só indica se você deve ou não atravessar a rua no tempo certo, para não ser atropelado.
Mas se você pensar por outro lado, o farol pode te indicar, ou até mesmo fazer você se lembrar de algo, que deva fazer.
Naquele momento, você tem direito de pensar a vontade, sem precisar se preocupar com atraso no trabalho ou algumas coisas do tipo.
Afinal se você quiser atravessar no vermelho, muito provável que aconteça um acidente. 
Então é a vida, você provavelmente passa todo dia por esses faróis e nem percebe o quanto eles significam.
Eles podem te matar, ou fazer você sobreviver...



quinta-feira, 9 de junho de 2016

                               Walking
Em um dia branco em uma folha de papel onde tudo estava em branco e preto, um homem estava andando a pé e de repente ele encontra uma cidade onde tudo começa a ficar colorido.
Quando ele está andando varias pessoas começam a encara-lo e essas pessoas são meio estranhas, sem rosto e sem vida.
O homem que estava andando estava usando um casaco cinza, uma calça cinza e um tênis meio acinzentado.
Em quanto ele estava passeando pela cidade ele tem uma visão de que as pessoas estão correndo dele ou de algo que se aproxima.
E ele como sempre, ignora e continua andando, caminhando, conspirando, vivendo a sua maneira. Está sempre a procura de outros caminhos, cidades, e lugares mais distantes.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

                        Caixa de Som
Caixa de som, que nome estranho não gosto do meu nome, do meu trabalho, da minha vida, do meu sistema de som, dos meus amplificadores, da parede que me segura e muito menos de um homem chato que, todo dia começa a gritar nomes bem alto dentro de mim, ainda não me explicaram o que é isso.
As vezes dói, as vezes me da dor de barriga e quase todas as vezes no final do dia fico com dor de cabeça.
Esse Reginaldo não para de gritar comigo, não aguento mais!
Mas como eu sinto ódio dele, aposto que ele já estorou todos os meus fios e amplificadores.
Estou quase caindo da suspensão que me segura, estou aqui a mais de um ano ou dois, a caixa anterior que estava suspensa antes de mim, ouvi falar que caiu em cima da cabeça de um menino, não me disseram se morreu, mas acho que não.
Olha! La vem... Mais uma vez ele gritando:
   -Marina e João comparecer a portaria.
Ai quer dor!
Bem... você já sabe do que eu estou falando, não aguento mais essas ondas sonoras pelo meu corpo!
O meu dia todo eu fico ouvindo esses nomes estranhos subindo pelo meu ouvido.
As vezes também fico pensando como seria a vida daquele mural na minha frente.
Bem... ser espetado o dia inteiro por alfinetes e tachinhas não deve ser muito legal...
Acho melhor valorizar a minha vida.
Acho até melhor ouvir nomes estranhos do que ser machucado por ser humanos inúteis.
Mas e os humanos, como será a vida deles?
Eles estudam, trabalham, morrem, caem na cabeça dos outros, matam uns aos outros, falam com outras pessoas.
Enfim, não sei, será que vocês leitores poderiam me explicar?